Não quero me limitar à nociva desilusão
de acreditar na incerteza desse mundo
de acreditar na incerteza desse mundo
Não quero viver sob a sombra que degola
a esperança já deitada nesse chão imundo
Não quero me reportar ao fluído inebriante
que inunda cada sentimento
Não quero viver sob a estranha conduta
que faz sangrar o já cicatrizado ferimento
Não quero consagrar a tristeza
diante do caos que se repete
Não quero me transformar no reduto canalizado
que me guia em pedaços cheios do medo que o mundo investe
Quero mais que isso... Quero sonho, quero planos, quero vida!
Quero me libertar das correntes enferrujadas que aprisionam o ser
Quero a paz escandalizada no sorriso mais perfeito
Quero me transpor na forte solidez das palavras que escrevo
Quero me revestir de versos que expressem o mais belo desejo
Quero sonho, quero planos, quero vida! (Jean Ramalho)
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