terça-feira, 20 de abril de 2010

Tédio


De um lado as paredes costuradas pelo cinza frígido que ao fim desespera. De outro meus pensamentos fugazes que clamam ferozmente pela luz severa. Nada mais é... nada mais sou. O envoltório quase nuclear que me toma suga da alma toda vontade esquecida, já não há mais o que fazer... O corpo que outrora resplandecia, agora somente exprime a ignóbil presença refogada na sublime ilusão. O tédio que me consome revela o intento a tentar que imóvel perde-se na solidão vazia. Nada mais é... Enclausurado em meu próprio ser o metamorfosear das ideias seguintes já não existe, as palavras sublimes dos versos perenes à loucura quase já não saem. Estou só. (Jean Ramalho)

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