De um lado as paredes costuradas pelo cinza frígido que ao fim desespera. De outro meus pensamentos fugazes que clamam ferozmente pela luz severa. Nada mais é... nada mais sou. O envoltório quase nuclear que me toma suga da alma toda vontade esquecida, já não há mais o que fazer... O corpo que outrora resplandecia, agora somente exprime a ignóbil presença refogada na sublime ilusão. O tédio que me consome revela o intento a tentar que imóvel perde-se na solidão vazia. Nada mais é... Enclausurado em meu próprio ser o metamorfosear das ideias seguintes já não existe, as palavras sublimes dos versos perenes à loucura quase já não saem. Estou só. (Jean Ramalho)
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