domingo, 2 de fevereiro de 2014

Solidão plena


E o medo da solidão se esvai.
Não mais corrói, completa.
Cada passo,
cada ato,
Tudo é mais sólido.

Nessa solidão sou mais pleno de mim.
Me conduzo, me perpasso. Nada guia,
a não ser a vontade única, egocentrica 
que parasiteia por dentro. (Jean Ramalho)


domingo, 22 de setembro de 2013

Infinitudes




Nessa infinitude particular,
o tempo perece ao próprio
poder da razão.

Palavras mórbidas, quase inócuas
anestesiam a alma e acalentam o coração.

Nada é fim, nada é começo.
Permaneço no ponto, pronto,
inconsequente nos entremeios. (Jean Ramalho)











domingo, 7 de julho de 2013

Desejos


E que essa vontade estanque
de buscar o inconstante
preencha de forma branda
o coração.

Que a voz inebriante
cálida por um  instante
seja um som de liberdade
na escuridão.

Que as palavras belas
atiradas pelo vão da terra
ultrapassem os limites
da infinita imensidão.

Que toda fragilidade
revestida de saudade
se transforme num encontro
com a própria razão.

Que todo simples desejo
seja um real ensejo
pra tal da felicidade
ser real condição. (Jean Ramalho)









sábado, 18 de maio de 2013

E por mais que a dor se resvale
num sonido ensurdecedor,
o sorriso sempre falará mais alto.


sexta-feira, 17 de maio de 2013

Aprendizado interior





E com tudo vem a certeza de que nos tornamos mais felizes quando aprendemos a ignorar anseios, inutilizar atitudes e emudecer certas palavras. (Jean Ramalho)

quarta-feira, 24 de abril de 2013

(Re)composto


E assim,
luz e escuridão,
frio e solidão,
paz sem mansidão
se completam.

No nascer frígido
no aparato íntegro
na camada mais profunda,

me faço, desfaço, refaço
me componho, me recomponho.

Sou cinzas, sou pó, sou carne.
Sou pranto, ardor infame.

E de tudo, renasço, apenas.
Num paradoxo vital,
sou força plena,
vontade extrema.
Sou alma, paz e coração. (Jean Ramalho)











Endereço interior


Na sutileza profunda,
na inspiração mais imunda
Me encontre lá.

No preenchimento vago,
no interior subjugado
Me encontre lá

Na singeleza pura,
na leveza obscura
Me encontre lá.

Na realidade inventada,
na fuga orquestrada
Me encontre lá.

No sentimento intuitivo,
no instinto pensativo
Me encontre lá.

Nos rompantes de coragem,
nos limites mais covardes
Me encontre lá.

Nas inverdades colocadas,
no transcendear das palavras
Me encontre lá.

No endereço ignoto,
na firmeza de um ponto
Me encontre lá. (Jean Ramalho)